VII
O inverno estava chegando e trazia com ele uma garoa fina
que cobria a cidade.
E, num dia em que o céu era apenas uma enorme mancha cinza sobre
os prédios, Mateus entrou na casa de Júlia e percebeu que ela estava mais
sorridente que nunca. Colocou os livros
na mesa e tirou a jaqueta úmida, enquanto Júlia, que vestia uma calça de
moletom branca e uma camiseta folgada, sentou-se no tapete da sala com uma
enorme caixa de papelão à sua frente.
Sem conseguir parar de sorrir, a garota contou que havia
encontrado a coleção de CDs do seu pai, ainda embalada desde a mudança.
Enquanto falava, ia tirando discos, olhando capas e fazendo pequenas pilhas ao
seu lado, feito uma menininha desembalando presentes numa manhã de Natal.
Mateus sentou-se ao seu lado, no chão, enquanto ouvia Júlia
explicando que tudo o que sabia sobre música havia aprendido com seu pai, que
adorava bandas antigas que não existiam mais. Começou a mostrar alguns discos
para Mateus, que não conhecia nem metade dos nomes que desfilavam na sua
frente. Alguns ele até já havia ouvido falar, mas não conhecia nenhuma canção.
Mateus não era fã de música e ouvia qualquer coisa que estivesse tocando no
rádio.
Aparentemente, Júlia percebeu isso e decidiu que Mateus
precisava conhecer aquelas bandas que, segundo a garota, eram muito melhores
que as atuais. Começou a separar alguns numa nova pilha, dizendo que eram discos
que Mateus devia conhecer. Eram os álbuns pelos quais Júlia era apaixonada.
Para Mateus, a palavra “apaixonada” nunca havia soado tão
bonita até este momento. Já havia ouvido essa palavra em filmes e nas novelas
que sua mãe assistia, mas, quando Júlia a pronunciou, foi como se a escutasse
pela primeira vez. Abaixou os olhos e fingiu olhar os CDs, com medo desta sensação
se transformar em palavras.
Júlia terminou sua pequena pilha de CDs e foi até o aparelho
de som, deixando um rastro de cheiro doce ao redor de Mateus. Mas não conseguiu
fazer nenhum disco tocar. O aparelho lia o disco, mas a música não saía pelas
caixas. Provavelmente, era algo nos cabos. Mateus levantou-se e olhou atrás do
móvel, mas não encontrou nada de errado. Na verdade, ele não fazia nem ideia de
como mexer nos cabos e apenas checou se nenhum fio estava solto.
Isso não abalou a determinação de Júlia. Apertando o passo,
ela foi até o quarto e voltou logo em seguida trazendo, em uma mão, o aparelho
de som portátil que ficava sobre sua escrivaninha. Na outra, um cobertor grande
e felpudo.
Ligou um dos discos e os acordes de uma guitarra encheram o
ambiente. Mateus não reconheceu a música. Os olhos de Júlia brilharam enquanto
a música ganhava baixo, bateria, voz e corpo. Sorriu vitoriosa e começou a
vasculhar sua pilha em busca de outros CDs, sentada no chão entre Mateus e o
cobertor, que permanecia dobrado e esquecido ao pé do sofá.
A vontade que Júlia sentia de mostrar as músicas para Mateus
era maior que as próprias canções. E, aparentemente, também se movimentava mais
rápido, já que nenhuma música conseguia chegar ao seu final. Júlia colocava um
disco para tocar, fazia comentários, insistia para que Mateus prestasse atenção
em determinado trecho... E, minutos depois, já havia encontrado outro álbum que
Mateus precisava ouvir, trocando os discos no aparelho de som.
Alternava os discos repetidamente, afogando Mateus em uma
enxurrada de vozes, músicas e bandas diferentes. O menino ouvia com atenção e
analisava as capas, mas logo começou a se perder. Eram muitos nomes de músicas,
discos, bandas, guitarristas, bateristas, bandas, compositores. Mas não se
importou. Júlia estava feliz. Júlia estava sorrindo.
Júlia estava mais linda que nunca.
Enquanto a garota continuava vasculhando e trocando os CDs,
Mateus espiou para dentro da caixa e um álbum chamou sua a atenção. Sua capa
era estranha. Parecia mais um disco infantil, com pessoas fantasiadas de
animais. Apanhou o CD e percebeu que conhecia o nome do grupo e comentou isso
com Júlia, que apanhou o disco de suas mãos e deu um grito de excitação.
Júlia colocou o CD no aparelho, falando que este era justamente
o disco que estava procurando, que Mateus precisava ouvi-lo. E que este disco
iria mudar sua vida. Na verdade, a garota havia falado exatamente as mesmas
coisas sobre todos os outros discos, mas, quando ela acrescentou que este disco
era o seu preferido, Mateus prometeu que jamais se esqueceria disso, e guardou aquela
informação dentro de si como um tesouro.
Os primeiros acordes começaram a preencher a sala e Mateus
achou o som diferente. Não somente diferente dos outros discos que tinham
tocado, mas diferente de tudo que havia escutado em sua vida.
Júlia sorria como se estivesse ouvindo o disco pela primeira
vez.
Júlia sorria como se estivesse se apaixonando pela primeira
vez.
Para mostrar que estava interessado – afinal, era o disco
preferido de Júlia –, Mateus pegou a capa do disco e, estudando as pessoas
fantasiadas, perguntou quem era o cantor. Júlia explicou que todos eles cantam,
mas apontou para a foto – seu cheiro doce invadiu Mateus, fazendo o garoto se
desconcentrar por um momento – e explicou que na maior parte das músicas quem
canta é este aqui, que é o baixista, ou este outro, que é um dos guitarristas.
Mateus teve a impressão de que os olhos de Júlia estavam
brilhando mais que o comum, mas não tocou no assunto com medo de parecer bobo.
Ficou em silêncio e se concentrou apenas – no beijo no canto da boca – na
música.
Sem precisar trocar mais os CDs, Júlia afastou-se um pouco
do aparelho de som. Acomodou-se deitada no tapete, empurrando as pilhas de CDs
para o lado, e se enrolou no cobertor. A sala estava escura, o dia era feio,
mas Júlia brilhava ao som da música.
Mateus olhou para ela e percebeu que os olhos da garota mudavam
de cor conforme o dia. Naquele momento, por exemplo, estavam acinzentados, mas
ele se lembrava – do beijo no canto da boca – de já tê-los visto mais verdes.
Talvez fosse a claridade. Talvez fosse memória lhe pregando uma peça.
Com Júlia deitada, Mateus apoiou suas costas no sofá,
esticando as pernas no tapete. Júlia, aninhada cobertor, sorria para a música –
ou para ele? – deitada no tapete branco, ao lado dele.
Logo, uma voz melódica se sobrepôs às guitarras e invadiu a
sala. The magical mistery tour is waiting to take you
away.
Júlia fechou seus olhos e suspirou. Deitada na sala, ela parecia respirar no ritmo da música e
flutuar a cada nota. O cheiro doce agora estava em todo o lugar, especialmente
em Mateus, que, aproveitando os olhos fechados de Júlia, observava a garota
como se estivesse hipnotizado. The magical mistery tour is coming to
take you away. Teve
medo de Júlia abrir os olhos e o surpreender ali, olhando diretamente para ela,
e se preparou para desviar os olhos imediatamente caso isso acontecesse.
Mas Júlia continuou de olhos fechados. Sentindo a segurança
típica de quem não está sendo observado, mas confuso pelo cheiro doce, Mateus
respirou fundo e se acomodou melhor no tapete, tomando cuidado para não chutar
os CDs aos seus pés. Day after day, alone
on a hill. Sentiu-se aliviado por ter feito isso sem pensar. Sabia que se,
por um momento que fosse, tivesse parado para decidir se deitava ou não ao lado
de Júlia, não teria se mexido, e ainda estaria sentado no chão da sala.
Ainda estaria mais longe de Júlia.
Agora estava ali, deitado ao lado dela, apoiado num cotovelo.
Cada vez mais confuso. Cada vez mais nervoso. See the world spinning ‘round. Olhou para os lábios de Júlia a
poucos centímetros de distância, procurando por vestígios do beijo no canto da
boca. Mas não viu nada de diferente. Teve medo de que se, pudesse procurasse na
memória dela, também não encontraria nada sobre o beijo ali.
A sala estava calma e pacífica, mas Mateus era um turbilhão.
Sentia seu coração batendo acelerado e teve que fazer esforço para controlar a
vontade de falar. Though she was born a
long, long time ago. Sentiu raiva por ter pensado se falava ou não. Mateus
estava começando a ficar com raiva do seu hábito de pensar muito, mas não
conseguia evitá-lo. Devia ter apenas falado sem pensar, da mesma forma que fez quando
deitou no tapete.
Queria falar que nunca havia conhecido alguém como ela, que pensava
nela o tempo inteiro, que precisava saber o que ela sentia, e que precisava... Precisava...
Não sabia ao certo do que precisava. Apenas precisava. Lift up your hearts and sing me a song. Precisava dizer. Precisava
perguntar. Precisava saber.
Precisava não precisar mais.
Precisava tocar em Júlia.
Mas conseguiu reunir coragem somente para entrar embaixo do
cobertor. Ao lado dela.
Torcendo para que Júlia não percebesse. Sua perna tocou na
perna dela. Mateus sentiu calor e quase mudou de posição mas, na última hora
percebeu que Júlia não se mexera, resolveu deixar sua perna ali mesmo. Talvez
ela, prestando atenção na música, não tivesse percebido que sua perna estava
encostada na dele.
I am he as you are he as you are me and we are
all together. Júlia,
de olhos fechados, sorriu como se gostasse especialmente da música que havia
acabado de começar, ou como se ouvisse os pensamentos de Mateus. Ou como se estivesse
se lembrando do beijo no canto da boca.
Alguém estava cantando. Mateus tentou adivinhar se era o
baixista ou o guitarrista, mas, na verdade, não estava ouvindo mais nada. Sabia
que nunca havia estado tão perto de Júlia.
Tentou calcular quantos centímetros separavam a boca da
garota da sua. Percebeu que sua garganta estava seca. Quis falar, mas a voz não
saiu. Teve medo de Júlia perceber seu nervosismo. I’m crying I’m crying. Teve medo de aquilo acabar. O rosto de Júlia
estava cada vez mais perto do seu. Teve medo de aquilo nunca ter começado a não
ser dentro da sua cabeça. Teve medo de ser sonho.
De repente, a música ao seu redor se tornou estranha. Júlia
abriu os olhos e encarou Mateus. Olhou
diretamente para dentro de Mateus. E sorriu.
- Eu amo esta parte.
Sitting in an english garden waiting for the sun.
If the sun don’t come you get a tan from standing in the English rain.
Seus lábios tocaram os lábios dela. Sem conseguir entender direito
qual boca havia se aproximado primeiro da outra, Mateus fechou os olhos e explodiu
num mundo surpreendente molhado, feito de cores e sabores que, até então, nunca
haviam existido.
Abriu os olhos assustado. O rosto de Júlia estava colado no
seu. Parecia distorcido, sem foco, e Mateus percebeu que ela estava de olhos
fechados. Durante uma fração de segundos, torceu para não estar fazendo nenhum
movimento errado, ou qualquer coisa que denunciasse que ele nunca havia feito
aquilo antes.
Mas, quando a língua de Júlia encostou delicadamente na sua,
esqueceu-se de tudo e lutou apenas para ignorar as ondas de choque que correram
pelo seu corpo.
Quando percebeu, estava de olhos fechados novamente. Não
sabia o que fazer com suas mãos, mas Júlia lhe mostrou, colocando a mão
delicadamente atrás da cabeça de Mateus e o puxando para mais perto. Tentando
se concentrar no beijo e ouvindo a respiração da garota de forma quase
ensurdecedora, Mateus sentiu os dedos de Júlia dançando em seus cabelos.
Talvez os dedos de Júlia ainda estivessem prestando atenção
na música.
Let me take you down.
VIII
A noite começou a cair com ambos ainda deitados no chão. O disco
havia acabado há horas e o aparelho de som esperava pacientemente e em silêncio
por um novo comando. Mateus disse que precisava ir embora e Júlia sorriu. Mateus
queria falar muita coisa, mas, pela primeira vez na vida, percebeu que não
precisava falar nada e apenas sorriu de volta.
Júlia disse que ele podia levar o CD para terminar de ouvir
em casa e devolver no dia seguinte.
Ele pensou em dizer não, mas mudou de ideia. Apanhou o disco
do aparelho de som, colocou na caixinha e ajoelhou ao lado de Júlia, dando um
beijo em sua testa. Ela respondeu somente com um sorriso. Seus olhos brilhavam.
Fechando a porta delicadamente, Mateus entrou no elevador e,
antes mesmo de chegar ao térreo, já havia descoberto que o cheiro de Júlia estava
em todas suas roupas. O cheiro de Júlia, agora, era dele.
Ao sair do prédio, percebeu que se sentia muito distante do
Mateus que havia andado naquela calçada algumas horas atrás. Ele se parecia com
aquele Mateus, até mesmo usava as mesmas roupas que aquele Mateus, mas
lembrou-se daquele menino como se lembraria de alguém que não encontrasse há
muito tempo. Eram memórias de um Mateus que não existia mais.
Sentia-se vivo como nunca. Tudo ao seu redor parecia
diferente. Era como estivesse olhando o mundo através de uma névoa pela
primeira vez, descobrindo cores e texturas que nunca havia reparado. Ao mesmo
tempo, Seu impulso era de voltar correndo para o tapete, para o cobertor, para
Júlia e transformar aquilo em seu mundo.
Respirou fundo.
Outras tardes com ela existiriam nos próximos meses. Assim,
apenas fechou a jaqueta para escapar da garoa e apertou o passo. Mas não foi
para casa, e sim ao shopping. Entrou na primeira loja de CDs que encontrou e comprou
o mesmo disco que Júlia havia lhe emprestado e que estava no bolso de sua
jaqueta.
Mateus não devolveria o CD para Júlia. Ao invés disso, entregaria
a ela outra cópia, nova. O disco original, que haviam escutado naquela tarde,
naquele tapete, naquele beijo... Este ele guardaria com ele.
Sim, outras tardes com Júlia existiriam. Mas aquela primeira
tarde ele guardaria consigo pelo resto de sua vida. Na forma do daquele disco,
daquele encarte, daquelas músicas.
E no cheiro doce em suas roupas.
Para sempre.
Epílogo
Enquanto pagava o CD, Mateus descobriu que uma das canções se
chamava All You Need is Love. Pensou em Júlia e tentou adivinhar o que ela estaria
fazendo.
Jamais passaria pela sua cabeça que a garota ainda estava
deitada na sala, na mesma posição. Havia colocado outro disco para tocar e se deitado
novamente.
Estava enrolada no cobertor, como se Mateus ainda estivesse
ali. E sorrindo. Não apenas de felicidade, mas de alívio. Finalmente, a dúvida
que a atormentara durante meses havia desaparecido.
Agora, ela enxergava com clareza o que sentia por aquele
menino da sua escola. E também sabia o que ele sentia.
Agora, Júlia sabia com certeza.
E não era uma certeza qualquer. Era aquela certeza única e
definitiva, que somente adolescentes apaixonados sabem sentir.
Fim
20 leitores:
E esses ciscos no olho que aparecem no meio do expediente no último dia de trabalho do ano, hem?
Eu nunca havia comentado aqui, acho apropriado fazê-lo num texto exatamente sobre primeiras vezes.
Primeira paixão,primeiro beijo, até primeiro Sgt. Peppers.
Lembrei da minha própria Júlia, com quem nunca consegui ficar, mas lembrei não com tristeza, pois mesmo não concretizada, foi ótimo ter aquela certeza descrita no final.
E você descreveu tão bem que, vejam só, tá fazendo alguém que nunca te viu na vida confidenciar o próprio passado.
Parabéns pela série, de verdade.
Meu Deus cara. Eu acho que só fiquei tão nervoso assim, senti tanto frio na barriga assim quando beijei minha futura esposa pela primeira vez.
E só que já deu um beijo como o Mateus sabe como a descrição desse momento é PERFEITA.
Parabéns cara. Fechou de forma sensacional apenas.
Sofri todo o nervoso junto com eles... Amei a série. Mais, por favor!
Há 14 anos eu dava o meu primeiro beijo.
A garota se chamava Denise, e a gente se permitia ficar juntos uns 15 minutos por dia. Ficávamos escondidos, pois os pais dela não poderiam nem sonhar que ela estava ficando com aquele moleque cabeludo. Isso durou uns 5 dias, depois eu voltei pra São Paulo (ela morava no interior), e nunca mais a vi depois disso.
A lembrança mais forte que eu tenho dela é o cheiro. Não o cheiro dela, mas sim do lugar que a gente se escondia; perto há uma árvore com flores com um aroma bem forte, e até hoje, toda vez que eu sinto esse cheiro suspiro como se tivesse 14 anos novamente.
Obrigado por ter me feito sentir adolescente de novo Rob.
E Denise, espero que você esteja bem :-)
Terminei de ler com o coração disparado!
Muito lindo mesmo!!!!!
Cara, isso foi algo completamente de outro mundo , foi muito foda , muito inteligente e bastante interessante ... Meus humildes poemas não chegam aos pés disso. Gostei bastante
Gostei muito ..
Rob, que conto foda!!!! Excelente como sempre.
Uma historia simples mas muito envolvente, imagino que assim como eu, todos estavamos torcendo pelo Mateus, no meio do texto tive "medo", achei que o Mateus não ia conseguir.
Espero outros textos assim, só não nos mate de curiosidade postando em partes rs, da proxima vez publica ele inteiro, por favor.
Abraço.
Rob, como você faz isso? O conto é excelente, como todos disseram! Li todas as partes em seguida - nessa última cantando mentalmente todo o Magical Mystery Tour haha. A história que você desenvolve em torno do primeiro beijo é magnífica; não é cansativa e consegue trazer todas as dúvidas e pensamentos comuns a maioria das pessoas. Por isso é longa (pelos +10k caracteres), mas ao mesmo tempo curta (por que não consegui parar de ler e nem me cansei).
Você pediu comentários sobre o formato. Acho ótima a divisão em capítulos. Sou a favor de textos longos na web, mas sabemos a dificuldade de como os leitores lidarão com eles. Boa escolha.
Enfim, queria mesmo é dizer que acho fantástico como você escreve. Por todo o tempo que li esse conto, fiquei imaginando um Rob Gordon adulto voltando ao início da adolescência, que assiste Tom & Jerry depois da escola, coleciona bonequinhos e aumenta as histórias pra parecer mais legal. Além de solidez em cada parágrafo, tem muita paixão de uma vida inteira em cada linha - creio que você vê toda a história na sua cabeça como um filme e se delicia ao ser o diretor da sua própria história narrada. Adorei Júlia e Mateus!
Desculpa me prolongar tanto no comentário, mas há anos aprecio seus textos e tenho curiosidade em saber como sua mente funciona ao criá-los, por que todos, de certa forma, me fazem perder a respiração, engolir as palavras lendo rápido demais, ficar nervoso, rir ou, algumas vezes, até chorar.
Continue sempre fazendo o que você faz muito bem: escreva, conte histórias, crie... viva!
Abraços!
Eu estava esperando o clima certo para ler esse texto. Daí o Dalleck perguntou se eu já tinha lido, então pensei: "vou ler agora". E descobri que eu não precisava estar no clima pra ler, o próprio texto já me colocou no clima.
Sobre o texto em si, sabia que ia ser assim, desde que você falou no Twitter sobre o projeto. Depois de ler tantos dos seus contos, tinha certeza que você não apenas não iria me decepcionar, mas também iria me surpreender. E a leitura só serviu para confirmar isso.
Você conta a história do Mateus, mas às vezes parece que é a minha própria história – e provavelmente de muitos outros que já foram adolescentes – então não teve como não me emocionar.
Parabéns e obrigado por mais um excelente texto, Rob. Um dia quero escrever igual a você. Ainda não sei se vou chegar tão longe.
Tocante
Foi maravilhoso acompanhar essa história :) Muito nervoso, muitas sensações, muita sensibilidade.
Obrigada :) de verdade.
PS: Magical Mystery Tour também é meu álbum preferido dos Beatles, e daí que tudo acabou sendo muito pessoal.
Cara parabéns pelo texto, uma historia simples porem muito bem contada. Porém ganham enorme proporção dentro de cada leitor, onde cada um encaixa sua Julia e se Mateus ali. Ao menos foi assim comigo, virei Mateus por um instante, coloquei a imagem da minha Julia e revivi minha história pessoal nesse conto.
Novamente parabéns, torço para mais contos com esta qualidade
Rob, você simplesmente conseguiu captar essa fase da adolescência melhor do que a maioria dos YA que viram best-sellers. Não quero comparar com seus textos, mas te garanto que esse foi um dos mais bonitos que eu já li de sua autoria. É um pouco longo, sim, mas nem um pouco cansativo e cada frase parece ser necessária. Acho que todos tínhamos uma idade de como culminaria, desde a Parte I, porém quase cheguei a prender a respiração de tanta ansiedade. Inclusive, coloquei para tocar "I am the Walrus" a certa altura. Enfim, meus parabéns, Rob, pelo que você foi capaz de fazer.
Abraço
Não quero comparar com seus outros* textos
Acho que todos tínhamos uma ideia* de como culminaria
É a segunda, terceira, ou quarta vez que eu leio essa saga e em todas as vezes eu vibro e sofro com ela. Eu já sei o final, mas cada vez eu me coloco no lugar do Mateus e torço para o final feliz.
Cada vez que eu leio essa historia eu lembro de quando era adolescente e lembro desse sentimento bobo que continuo sentindo sempre que encontro minha namorada. Isso me deixa feliz, talvez uma parte de mim continue o mesmo menino de sempre.
Rob, excelente texto mais uma vez, sinto saudade dessas sagas no blog.
grade abraço.
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