A mulher debruçou-se velha na janela
De costas para o quarto vazio e obsceno.
Sua chama era fraca, quase pequena vela.
E observou o mundo, lacrimejando sereno.
De costas para o quarto vazio e obsceno.
Sua chama era fraca, quase pequena vela.
E observou o mundo, lacrimejando sereno.
Lembrou-se de tantos beijos perdidos
De uma época em que a vida era à toa.
Sem sorrisos que desapareceram fugidos,
E observou o mundo, desfazendo-se garoa.
De uma época em que a vida era à toa.
Sem sorrisos que desapareceram fugidos,
E observou o mundo, desfazendo-se garoa.
Tentou enxergar felicidade no desfecho
De uma vida na qual somente coadjuva.
Mas presa eternamente no mesmo trecho
E observou o mundo, lastimando-se chuva.
De uma vida na qual somente coadjuva.
Mas presa eternamente no mesmo trecho
E observou o mundo, lastimando-se chuva.
Inspirou em busca de perfumes antigos
Expirou em busca de ser mais que metade.
Confusa, desistiu de decorar seus castigos
E observou o mundo, soluçando tempestade.
Expirou em busca de ser mais que metade.
Confusa, desistiu de decorar seus castigos
E observou o mundo, soluçando tempestade.
Mas a mulher observou-se jovem no espelho
Cantarolando um sorriso, sorrindo em bemol
Lembrou-se que era seu próprio evangelho
E completou a si mesma, explodindo em Sol.
Cantarolando um sorriso, sorrindo em bemol
Lembrou-se que era seu próprio evangelho
E completou a si mesma, explodindo em Sol.
1 leitores:
Que lindo!!
Parabéns!!! Acho que tem de ser lido por todas as mulheres!
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