28 de janeiro de 2011

Soneto para Quem Faz Sonetos

Há quem diga ser fácil fazer poema
em especial a construção de sonetos.
De cara, não parece ser um problema:
bastam dois quartetos e dois tercetos.

Mas graças às tais sílabas poéticas,
é preciso – imagine – fazer contas!
Mantendo a mesma maldita métrica:
poesia e números? Mas que afronta!

E ainda nem falamos sobre as rimas.
Papel e caneta, encarne Shakespeare
tentando casar ouriço com cortiço.

Finalmente, analise sua obra-prima
Ela ficou entre “ruim” e “faz-me rir”.
Porra, Vinícius, como você fazia isso?

8 leitores:

Julia disse...

Genial!

Adônis disse...

Muito bom!!!

George Marques disse...

Ótimo! Agora faça um "Lusíadas para quem faz Lusíadas"!

Anônimo disse...

Isso me lembrou um soneto do Gregório de Matos. Ele deveria elogiar um figurão da época, mas acabou esvaziando o soneto falando só da estrutura dele, rs.

Adorei.

Francine Ribeiro disse...

Muito, muito bom!!

Renata Santos disse...

Gênio! Belive it, or not.

Ricardo disse...

Serio, sem tietagem, mas o Rob é um dos maiores...DESGRAÇADOS da web, pelo amor de deus como um cara escreve uma parada dessa fazendo metalinguagem da propria metalinguagem (sei la se isto existe ou faz sentido).

Mais uma vez seu texto ta excelente....inspirador!

Unknown disse...

hahahaha
Me pergunto isso também.

Acho a poesia como um todo uma coisa bem difícil. Ou vc faz versos lindos ou cai no ridículo; e basta uma única palavra pra passar da 1ª pra 2ª situação.
Soneto então... Rima, métrica, composição e até uma certa melodia. Difícil, muito difícil.

 

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