20 de maio de 2011

Poeminha da Primeira Caneta

Hoje eu fiz algo que nunca tinha feito,
e escrevi com caneta pela primeira vez.
A tia queria que a gente pegasse o jeito,
e mandou a gente escrever o dia e o mês.

Disse para desenhar as letras com cuidado
pra a gente não errar nem um pouquinho.
Coloquei meu estojo e minha régua de lado,
e obedeci escrevendo bem devagarzinho.

E quando eu coloquei a caneta no papel
vi que é igual o lápis, só que diferente.
O lápis arranha e faz barulho até o céu,
mas a caneta desliza na mão da gente.

Quando mostrei pra mamãe, ela sorriu
dizendo que meu traço era caprichado.
Mas não entendi nada quando ela saiu,
chorando porque estou crescendo rápido.

O papai também ficou todo orgulhoso,
quer levar o papel quando for trabalhar.
Me beijou e disse para ser cuidadoso,
“Caneta não apaga, então não pode errar”.

E vou pra um cantinho meu agora à tarde
Ficar escondido, onde ninguém vai me ver.
Agora que eu aprendi a escrever de verdade,
Quero fazer o poema mais lindo e dar pra você.


8 leitores:

Hydrachan disse...

Que simpático, Rob!!! =D
Eu nunca entendo poemas, mas esse é tão simples e delicado, que achei até emocionante.

Parabéns! Ficou lindo! =)

Bia disse...

Leve, simples e delicado. Muito bom!

Tyler Bazz disse...

Mais um menino que vai se foder nessa vida...
Sorte dele.

Lucas Reis disse...

Acredite: eu tô chorando! Que gracinha! Lindo, lindo, lindo!

Trauti Lang disse...

Pronto, derreti de vez!

Gabi Bianco disse...

Que delicado, leve, sutil.

Amei.

Alessandra Rocha disse...

Inocente, puro e lindo... Amei!

Rafael disse...

As palavras fluiram tao naturalmente que só mais tarde fui perceber que era um poema.

 

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