16 de julho de 2011

#24Horas24Crônicas #15 - Sol e Lua

(tema sugerido por: @fuckthecolorful)

Separados por um planeta inteiro, se reencontravam no céu.

Ele aquecido pela luz confortável do Sol; ela iluminada pelo brilho delicado da Lua. Ele observava seu amor por entre as nuvens; ela colecionava esperanças em meio às estrelas. Ele sonhava em eclipsar a ausência dela; ela imaginava voar até ele junto com os pássaros. Ele fingia a brisa da noite ser o toque dela; ela beijava o vento quente querendo ser dele. Ele escrevia poemas amarelos e claros; ela escrevia canções laranja e quentes. Ele mergulhava fundo no azul marinho da noite em busca dela; ela boiava no azul claro do dia à espera dele. Ele apertava os olhos para entender os desenhos da superfície; ela apertava os olhos para proteger da queimadura de saudade. Ele desejava a luz do Sol para sempre; ela almejava a Lua inteira. Ele sorriu meia lua lembrando-se dela; ela brilhou feito Astro ao pensar no nome dele. Com o dedo, ele desenhou o nome dela na Lua; com o dedo, ela contornou o Sol como havia feito no rosto dele.

O planeta girou. A luz deu lugar à escuridão, a noite se tornou dia.

Ela, com sua luz confortável, aqueceu o Sol; ele, delicadamente, iluminou e fez brilhar a Lua. Ela navegou entre nuvens observando seu amor; ele mergulhou entre as estrelas colecionando esperanças. Ela, em sonho, eclipsou a ausência dele; ele, junto aos pássaros, deixou voar sua imaginação para junto dela. Ela tocou a brisa da noite fingindo ser ele; ele deixou-se beijar pelo vento quente dela. Ela, em poemas amarelos e claros, recitava o nome dele; ele, em canções laranja e quentes, cantarolava o nome dela. Ela se afogava no azul marinho da noite sem o ar dele; ele naufragava no azul claro do dia sem conseguir se agarrar a ela. Ela desenhou o rosto dele na superfície da Lua; ele abriu os olhos e deixou-se queimar de saudade. Ela brincou de ser Sol para sempre; ela imaginou ser a Lua inteira. Ela chorou lua cheia por não tê-lo ao lado; ele queimou feito Astro ao recitar o nome dele. Com o dedo, ela desenhou a Lua no nome dele; com o dedo, ele contornou o rosto dela como havia feito com o Sol.

Separados por um planeta inteiro, se reencontravam no céu.

5 leitores:

Brunín Assis disse...

Sério que você tá há mais de 24 horas sem dormir? Como pode sair um texto inspirado desse depois de tanto tempo? Muito foda!

K.P. disse...

*suspiro*

Pena que cochilei nesse aqui. Perdi os 2 últimos, mas esse daqui, se tivesse lido na hora, continuaria acordada... ;)
Lindo, Rob.

Anônimo disse...

Que foda, meu deus. Não sei nem o que comentar. Como você consegue escrever um texto tão foda assim estando há mais de 24 horas sem dormir? Muito bom mesmo.

Sil disse...

Definitivamente a falta de sono faz bem à sua inspiração.

Amei o texto e você está proibido de dormir novamente.

Mari Hauer disse...

Eu fiquei bem triste depois de ler esse texto. Não sei explicar muito porque, nem entendo direito de onde veio essa tristeza... acho que foi saudade.... Um beijo! Não acompanhei todas as horas os textos mas estou lendo todos!

 

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