23 de abril de 2010

Son(h)eto

Eis que um dia, com caneta e papel
Sentou em meio ao silêncio, à mesa.
E procurou pelas palavras ao léu
Que traduzissem toda a sua beleza.

E elas vieram ao sabor do vento
Trazendo o cheiro daquele sorriso,
Do qual se entregava ao tormento
De ter apenas um gosto impreciso.

E pensou em rimar as mãos dadas
Desejando ver isso acontecer
Mais que um sonho, mais que ardor

Todas as ruas seriam andadas
E neste dia ela iria perceber
que o seu nome rima com amor

2 leitores:

Otavio Oliveira disse...

vc é um puta poeta, rob. mas agradeço ainda mais a tudo o que te inspira haha.

Dani Cavalheiro disse...

Aiai... rimar as mãos dadas me fez suspirar...

Lindo, lindo, lindo! Parabéns pela magia que vc consegue passar para nós, leitores. Quase que eu pude ver você, rimando mãos dadas - mesmo sem te conhecer.

Besos.

 

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